A oficina atende ao cumprimento de formações de capacidades voltadas para o público Kaingáng no Brasil nos temas de Patrimônio Cultural Kaingáng e Conhecimentos Tradicionais Associados à Biodiversidade e ocorreu nos dias 25, sexta, e sábado, 26 de agosto, confira.
A Organização Indígena Instituto Kaingáng/Inka e Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual/Inbrapi segue com a realização das Oficinas de Capacitação para o povo Kaingáng no país.
A programação da oficina aos Kaingáng de Santa Catarina ocorreu na Terra Indígena Toldo Pinhal, município de Seara, em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas/Funai, Coordenação Técnica Local/CTL, de Chapecó (SC), tendo a presença do coordenador da Funai, Adroaldo Fidelis, o Duko, e apoio do cacique da TI Toldo Pinhal, Moacir Kaingáng. As atividades foram realizadas na Escola Indígena de Ensino Fundamental Cacique Pirã do Toldo Pinhal e contaram com a participação de 45 professores Kaingáng, havendo a apresentação do Grupo Cultural da Escola.
Entenda melhor a realização das Oficinas para o Povo Kaingáng
A busca por formações de capacidade no campo da preservação e transmissão de conhecimentos sobre patrimônio cultural material e imaterial do povo Kaingáng, além da proteção dos Conhecimentos Tradicionais Associados à Biodiversidade relacionados às pesquisas, tem se mostrado de fundamental importância aos professores que se encontram em Escolas Indígenas e sua realização foi solicitada como parte da repartição coletiva de benefícios firmada em fevereiro deste ano entre o povo Kaingáng e a produtora Floresta em Consulta Pública pelo uso de algumas de suas expressões culturais tradicionais em obra audiovisual a ser realizada em breve.
Todos os estados onde reside o povo Kaingáng no Brasil devem ser atendidos com oficinas de até dois dias, tendo o Rio Grande do Sul já concluído sua etapa de formação e agora, Santa Catarina.
Inicialmente, na etapa do Rio Grande do Sul, as Oficinas de Capacitação foram desenvolvidas em parceria com o projeto “Ẽg Kanhró”, que se tratava de uma iniciativa educativa e cultural aprovada pelo Inka no Edital de Concurso FAC Patrimônio n⁰ 07/2021 da Secretaria de Estado da Cultura do RS (Sedac) e da Secretaria de Estado da Educação RS (Seduc), onde três, das quatro oficinas realizadas pelo Inka, contaram com o apoio da produtora Floresta em despesas não previstas pelo FAC. A continuidade dos trabalhos conta agora com aporte majoritário da produtora Floresta e parcerias obtidas pelo Inka junto das escolas indígenas nas localidades onde serão disponibilizadas as oficinas.
A conclusão da sequência de oficinas para os demais estados onde habita o povo Kaingáng, que são Paraná e São Paulo, deve ocorrer até o final de novembro deste ano.
Por: Sônia Kaingáng
Fotos: Arian Kãgfér