Professores Kaingáng da 20ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, prestigiaram a programação que ocorreu em 22 de março na cidade de Iraí (RS).
A 2ª oficina da Organização Indígena Instituto Kaingáng – Inka, dentro do projeto Ẽg Kanhró (Nossos Saberes), ocorreu no auditório da Biblioteca Municipal de Iraí, contando com o apoio da Prefeitura Municipal da cidade e da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Nan Ga da Terra Indígena de Iraí.
A oficina é resultado da aprovação do projeto Ẽg Kanhró do Inka no Edital de Concurso FAC Patrimônio n⁰ 07/2021 da Secretaria de Estado da Cultura do RS (Sedac), com apoio da Secretaria de Estado da Educação RS (Seduc).
Divulgação da Cultura Kaingáng
Um dos principais objetivos da oficina é democratizar o acesso à cultura por meio da distribuição de material bilíngue produzido por autores Kaingáng. O público-alvo são professores indígenas Kaingáng que atuam nas Escolas Indígenas do RS.
Abrindo a oficina, houve a apresentação cultural da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Nan Ga sob a coordenação do professor indígena, Mauro Casemiro. Na sequência, a realização da mesa de abertura com a presença da presidente do Inka, Andila Kaingáng, do diretor da Escola Indígena Nan Ga, Ilinir Jacinto e da professora e representante da 20ª CRE de Palmeira das Missões, Sali de Fátima Fortes.
Cerca de 50 participantes integraram o evento, onde foram distribuídos 62 kits das publicações do projeto, contemplando 8 escolas indígenas pertencentes aos Municípios de Iraí, Lajeado do Bugre, Liberato Salzano, Planalto e Vicente Dutra, bem como a 20ª CRE de Palmeira das Missões.
Também receberam os kits de publicações do projeto Ẽg Kanhró (Nossos Saberes), as lideranças indígenas no local: Pedro Jacinto (Conselho Estadual dos Povos Indígenas/Cepi), Ilinir Roberto Jacinto (Liderança da Terra Indígena Iraí), Luiz Cadete (Liderança da Terra Indígena Rio dos Índios), Leira Maria Portela (acadêmica de Licenciatura da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM), Douglas Jacinto da Rosa (Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul/Arpinsul), Kesia Jacinto (mestranda em Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul/UFFS, Chapecó-SC), Suelen Paliano (acadêmica da Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera), Waldomiro Mineiro (acadêmico da UFFS/Erechim), e Osmar Maurício Sales (acadêmico do Centro Universitário Internacional/Uninter, Pólo Palmitos-SC).
No encerramento da oficina, os professores indígenas elaboraram um documento direcionado à Seduc (RS), Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ministério Público Federal (MPF) e Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepi), com suas reivindicações, entre elas: priorização de profissionais indígenas nos espaços concernentes à educação escolar indígena, seja no âmbito municipal, estadual e federal, e a criação do plano de carreira para o magistério indígena.
Confira a cópia do documento abaixo.