A Organização Indígena Instituto Kaingáng (Inka), responsável pelo Ponto de Cultura Kanhgág Jãre, aprovou o projeto ẼG NÉN GÉJ SÓR, mediante a Lei Aldir Blanc.

O projeto constitui uma iniciativa do Ponto de Cultura Kanhgág Jãre situado na comunidade Kaingáng da Terra Indígena Serrinha, localizada no município de Ronda Alta, no Estado do Rio Grande do Sul, junto a qual, desde 2006, promove ações direcionadas ao fortalecimento, valorização e divulgação da cultura do Povo Kaingáng na região.

Cenário atual nas aldeias

Com a atual realidade imposta pela pandemia de covid-19, especialmente no âmbito das comunidades indígenas, o projeto vem ao encontro das necessidades de adaptação das iniciativas promovidas pelo Ponto de Cultura ao novo contexto de retomada de atividades em 2021. Nesse sentido, o projeto possibilita que o Ponto de Cultura adquira bens e materiais para que se encontre equipado a fim de dar continuidade às suas ações e com disponibilidade de equipamentos que viabilizem a projeção de exposições, palestras, oficinas, apresentações artístico-culturais em telão, evitando aglomerações do público envolvido e assegurando o distanciamento e demais orientações na prevenção à covid-19.

Conheça mais sobre o Ponto

No Ponto de Cultura são promovidas ações de valorização da cultura e língua Kaingáng e conhecimentos tradicionais dos Kanhgág Kófa/idosos Kaingáng, em parceria com escolas indígenas, formação de capacidades tendo em vista melhoria da qualidade de vida e geração de renda das famílias Kaingáng, bem como a disponibilização de espaço de visitação permanente para socialização da cultura Kaingáng por meio de exposições, palestras, apresentações artístico-culturais e comercialização de artesanato indígena. Além de contribuir com o fortalecimento da identidade étnico-cultural da população Kaingáng, o Ponto de Cultura também tem se comprometido com a divulgação e informação da história e cultura do povo Kaingáng, que historicamente habita a região Sul do Brasil, junto a alunos e profissionais da rede pública e particular de ensino, como também universidades, em observância à Lei 11645 de 2008 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”.

Escrito por: Sônia Kaingáng, jornalista indígena independente, especializada em Educação, Diversidade e Cultura Indígena.

Reprodução permitida desde que citada a fonte.

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