Um momento de conquista histórica para o Rio Grande do Sul marca a celebração em torno da indígena Kaingáng, Lucíola Maria Inácio Belfort, que será a primeira médica formada pelo sistema de ações afirmativas da UFRGS, em um importante acontecimento organizado para o dia 19 de junho em Porto Alegre.
Exemplo de superação das diferenças étnico-raciais através das ações afirmativas para indígenas na universidade, Lucíola demonstra o valor de enfrentar situações de preconceito em busca de objetivos maiores e nobres. “Muitas gerações do meu povo e de outros lutaram por essa conquista, é um instante onde sangue, emoção, história e vitória se encontram, e eu fico agradecida por ser um instrumento nessa trajetória”.
A indígena vem de uma família de estudiosas composta por quatro irmãs, sendo duas advogadas, uma jornalista, uma artista e escritora e a mãe, uma professora bilíngue, todas com experiências reconhecidas em suas áreas de atuação voltadas às questões indígenas.
Residente na Terra Indígena Serrinha (Ronda Alta), Lucíola e seus parentes indígenas se preparam para celebrar sua colação de Medicina em Porto Alegre no dia 19, ao lado de convidados especiais das cinco regiões do país, entre familiares, lideranças tradicionais indígenas, intelectuais, profissionais de mídia e representantes de organizações indigenistas.
Assessoria Instituto Kaingáng
Lucíola é a primeira do seu povo Kaingáng a ser médica pela UFRGS.