Com intensa programação, as oficinas estão acontecendo simultaneamente no Memorial Kaingáng em Coxilha, no Rio Grande do Sul entre os dias 21, quarta, a 23, sexta, promovendo o intercâmbio entre participantes Kaingáng da região Sul e Sudeste.

Com a inauguração do Memorial Kaingáng na quarta, 21, a Organização Indígena Instituto Kaingáng/Inka abriu oficialmente as atividades no local em 2024, onde uma programação de Oficinas de Formação sobre Patrimônio Cultural Kaingáng vem se desenvolvendo.

Três temas estão sendo trabalhados, a tecelagem com grafismos Kaingáng em tear de prego, que é uma das oficinas mais requisitadas, por exemplo, pelos participantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o grafismo na pintura corporal e na parede, muito utilizada pelos professores nas dependências físicas das escolas, e a cerâmica Kaingáng, oficina considerada crucial pelos participantes Kaingáng de São Paulo, devido a erosão cultural relatada por eles que afeta a produção desta arte nas comunidades.

Essas inclinações são como uma amostra das necessidades dos Kaingáng em cada Estado, tornando as oficinas um espaço desafiador para um mesmo povo no encontro de saídas, como apresenta a curadora do Museu Worikg, no oeste de São Paulo, a indígena Susilene Kaingáng.

“Passamos uma vida inteira falando não só de nós no Estado de São Paulo, mas lembrando as pessoas de que estamos no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Somos um povo só, mas é difícil quando você sai do seu território para falar não só sobre você”, disse ela.

Dessa forma, o trabalho das Oficinas de Formação do Instituto Kaingáng amplia possibilidades para a troca de informações, surgimento de ideias e atualização de outras. “Quero parabenizar por este momento em que a gente se encontra compartilhando nosso conhecimento e aprendendo um pouco mais. Fico feliz de conhecer esse espaço, não tinha ideia de como era”, expressou o professor Daniel Cadete da Terra Indígena Toldo Pinhal, município de Seara, Santa Catarina.

Os oficineiros receberam nesta quinta, 22, o grupo de professores da Terra Indígena Ligeiro, de Charrua, no Rio Grande do Sul e nesta sexta, 23, será o grupo da Terra Indígena Votouro, de Benjamin Constant do Sul, também do RS, para o encerramento dos trabalhos.

OFICINA DE CERÂMICA KAINGÁNG.
Foto: Sônia Kaingáng
CRIANÇA KAINGÁNG, ARTHUR KẼVĨG RIBEIRO.
Foto: Bruno Ferreira
OFICINA DE TECELAGEM COM GRAFISMOS KAINGÁNG EM TEAR DE PREGO. Foto: Bruno Ferreira
Foto: Sônia Kaingáng
Foto: Bruno Ferreira
Foto: Bruno Ferreira
Foto: Bruno Ferreira
Foto: Sônia Kaingáng
PARTICIPANTES DA TI LIGEIRO/RS. Foto: Sônia Kaingáng

One Thought to “Memorial Kaingáng segue com Oficinas sobre Patrimônio Cultural Kaingáng”

  1. Araxane Jardim

    Importante investir e ampliar os conhecimentos ancestrais com mais abordagem pra valorizar o saber indígena. Parabéns aos envolvidos

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