Peças produzidas por artistas e artesãos indígenas do povo Kaingáng podem ser vistas na Exposição “Memória e Resistência” no Museu Julio de Castilhos, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, que estará aberta ao público durante um ano.
Algumas peças integrantes da Exposição são parte do acervo do Ponto de Cultura Kanhgág Jãre (Raiz Kaingáng) da Organização Indígena Instituto Kaingáng – Inka, que sobreviveu à depredação praticada contra o Ponto de Cultura Kanhgág Jãre no final de 2021, na Terra Indígena Serrinha, município de Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, mesclando-se a itens novos como da cestaria tradicional Kaingáng.
As peças preservadas do acervo do Ponto de Cultura Kanhgág Jãre mostram a beleza e a complexidade dos grafismos Kaingáng expressos nos trançados e cestarias, nas pinturas corporais, adornos, utensílios domésticos, cerâmicas, armas e muitos outros itens na cultura Kaingáng.
A Exposição “Memória e Resistência” possui temática focada nos povos originários e de acordo com a divulgação do Museu Julio de Castilhos sobre sua concepção, “houve uma série de reuniões e conversas, onde a equipe do museu obteve muitas informações diretamente dos protagonistas desta história e criadores deste acervo exibido, resultando em grande enriquecimento cultural para todos os envolvidos e principalmente para o público visitante do museu”.
A inauguração ocorreu neste sábado, 10, com a presença da curadora e membro do Inka, Susana Kaingáng, que integrou a reunião de qualificação de toda a equipe do museu para a composição da exposição, que contou com a performance musical criada por Claus Farina, especificamente para a ocasião, servidor da instituição e músico.
A visitação ocorre de terças a sábados, das 10 às 17 horas na Rua Duque de Caxias, 1205/1231, no Centro Histórico de Porto Alegre, capital.
Crédito da foto de abertura: equipe Museu Julio de Castilhos.
MUSEU JULIO DE CASTILHOS EM PORTO ALEGRE (RS).
