Confira os dois últimos diálogos do projeto com a presença da Associação Cultural Waraji, de Guajará Mirim, na fronteira da Amazônia brasileira e boliviana e da Sociedade Independente Cultural de Jaguarão, na fronteira Brasil-Uruguai.

O projeto Rede de Diálogos Interculturais da Organização Indígena Instituto Kaingáng – Inka, uma iniciativa do Ponto de Cultura Kanhgág Jãre, vencedor do edital IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo 2022, segue sua programação com os dois últimos diálogos entre organizações culturais comunitárias dos países membros do IberCultura Viva.

O terceiro diálogo ocorreu no dia 28 de agosto e contou com Thaiz Lucksis e Paulo Santos da Associação Cultural Waraji, da fronteira Brasil/Bolívia, respondendo perguntas enviadas pelo Ponto de Cultura Kanhgág Jãre, pelo Coletivo Mestiço Cultural, pela Sociedade Independente Cultural e pelo movimento Fronteras Culturales.

A mediação foi de Dennise Gálvez e Ricardo Almeida do movimento Fronteras Culturales.

Esta é a segunda fase do projeto, onde ocorrem as trocas de diálogos, com diagnósticos realizados pelas organizações e com rodadas de perguntas e curiosidades sobre cada uma.

Thaiz Lucksis posicionou a Associação Cultural Waraji como um espaço de integração cultural enquanto local fronteiriço no país. “Estamos em Guajará Mirim, uma cidade do interior de Rondônia, localizada dentro da Floresta Amazônica. Temos realizado atividades de integração cultural devido estarmos em uma região de fronteira. Nos espelhamos nos corredores culturais, uma experiência que já ocorre em países como Cabo Verde na África, onde pudemos aprender ali e replicar essas experiências aqui. Temos festival de teatro, trabalhamos com festival de música, trabalhando várias vertentes da expressão artística como dança, exposição de artes plásticas e fotografias”, expôs ela.

O último e quarto diálogo aconteceu em 4 de setembro com a Sociedade Independente Cultural (SIC), representado pelas vozes de Mãe Nice de Xangô, Vicente Pimentero e do vice-presidente da SIC, Carlos José Maninho, que acompanha a construção da entidade desde 1987.

“No final dos anos 80, o Brasil passa a discutir com mais força a questão do patrimônio cultural, inclusive acordos internacionais e a SIC é constituída nesse período, surgindo com ativistas e pessoas que não estavam satisfeitas com as políticas implementadas no município, no Estado. Então foi criada nessa autonomia, com a missão de manter o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural por meio da produção, gestão e elaboração de políticas culturais”, iniciou Carlos José Maninho.

A próxima etapa do projeto será a realização do Seminário Culturas Regionais Simbólicas, com a presença das organizações integrantes da iniciativa, com programação prevista para ocorrer nos dias 8 e 9 de outubro.

Veja os últimos dois diálogos na íntegra:

Leave a Comment